sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Eleição do presidente da CUA divide políticos africanos



Etiópia
Eleição do presidente da CUA divide políticos africanos

Addis Abeba (Do enviado especial) – O ministro das Relações Exteriores, Georges Chicoti confirmou hoje, quinta-feira, em Addis Abeba, que duas alas concorrem, actualmente, para a escolha do presidente da Comissão da União Africana (CUA), entre os que defendem a continuidade e os querem a mudança na direcção da instituição.




De acordo com o ministro, uma corrente quer a continuidade do actual presidente da comissão, o gabonês Jean Ping, e a outraprefere uma certa mudança e a apropriação da organização, como desejam os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).



Para esta mudança, frisou, a SADC propõe a ministra do Interior da África do Sul, Nkozasana Dlamini Zuma, que vem com uma agenda tendente a contribuir na reestruturação das instituições da UA, com vista a haver maior apropriação, maior engajamento e a participação dos africanos.




De acordo com o governante, na 20ª Sessão aberta hoje, foi analisado o relatório do Presidente da Comissão da União Africana(CUA), no qual ele fez uma descrição dos diferentes eventos que ocorreram em África nos diversos aspectos, assim como os aspectos da integração do continente.



Nos debates notou-se algumas preocupações como os conflitos foram geridos, embora todas as partes tenham elogiado o relatório apresentado que retratou as crises que o continente viveu.




Entretanto, a grande expectativa continua a ser a 18ª cimeira dos chefes de Estados, a decorrer de 29 a 30 deste mês pelo facto dela girar em volta das eleições do presidente da comissão e também dos comissários.




“Claro como sabem o ano 2011 dividiu e divide, de algum modo, o continente na percepção e na forma como alguns problemas foram tratados. Agora é necessário focalizarmo-nos nos assuntos prioritários de África, e como devemos funcionar no futuro”,sentenciou.



Sublinhou que o maior problema é o de ter uma União Africana focalizada para si, e pense como resolver as suas crises, para quenão sejam resolvidas pelos parceiros extra-continentais.



Esclareceu que, nesse momento, não seria necessário atribuir culpas, porque há vários níveis de actuação, “há agora umaresponsabilidade que cabe aos próprios africanos para poder contribuir com soluções para o interesse do continente.



De acordo com chefe da diplomacia angolana, os parceiros internacionais são importantes na ajuda que prestam para aresolução de alguns problemas “mas deve haver uma maior capacidade de negociação, “o que não aconteceu com muitos casos que ocorreram em 2011”.




“Não se pode pensar que nada houve e pensar na criação outra autoridade. Porque alguns colegas exprimiram algumaspreocupações que vão no sentido de reavaliar a nossa forma de trabalhar e reforçar as instituições da união”, acrescentou.



Por isso, defendem o abandono da agenda que preconiza a criação da Alta Autoridade da União Africana, por haver certas questões políticas que devem merecer um debate, pelo facto de não estarem claros.




“Eu e alguns colegas estamos a fazer com que a África se reencontre, que haja maior apropriação e de análise dos problemas epara poder resolvê-los”, realçou.



O ministro esclareceu que nesse momento não seria necessário atribuir culpas, porque há vários níveis de actuação, “há agora uma responsabilidade que cabe aos próprios africanos para poder contribuir com soluções para o interesse do continente".




Sobre as questões que estão a dividir os africanos, o governante afirmou que há matérias que deveriam ser mais dominadas edirigidas pelos africanos, porque nota-se hoje maior envolvimento dos parceiros de cooperação.



Sustentando que essa cooperação deveria ser regida por regulamentos e com consultas regulares de decisões que são tomadas num ambiente não devido ao continente africano.



Respondendo a pergunta se qual das duas correntes é a mais forte, se a da Zuma ou do Ping, disse ser necessário esperar-se primeiro pela eleição dos comissários, porque todas as partes estão envolvidas na campanha de quem acham o melhor.




Mesmo assim, disse defender-se uma concertação com todas as partes africanas, para que todos estejam confortados com as decisões que se tomarem no futuro.



Garantiu que a SADC continua a fazer uma campanha para a sua candidata e outras regiões também têm manifestado algumasquestões comuns, cabe aos chefes de Estados a escolha do presidente da comissão, o que poderá acontecer nos próximos dias.



Para isso, a SADC tem de mobilizar mais meios e recursos e trabalha, neste momento, de maneira coordenada como região edepois recorrerá a outros parceiros A existência de dois candidatos apoiados por regiões distintas, segundo Chicoti, pode ser um factor de desunião, considerando-a uma batalha séria, mas confia na sabedoria dos presidentes para lhes servir de guia.



“Se houver um impasse, poderão adiar para outra sessão, na qual haverá mais candidatos. Mas se não for isso, eleger-se por exemplo a continuidade, há a preocupação de não se resolver os problemas que nos preocupam, estaremos a caminhar com questões que já nos afectaram no passado”, lamentou.




Agora se for eleito um novo candidato, acredita que trará novas ideias que possam satisfazer os insatisfeitos, assegurando que
a maioria das pessoas querem uma maior apropriação da UA.

















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Manoel Messias Pereira

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