domingo, 22 de janeiro de 2012

Lua

Para alcançar a lua
dizem que Ho Po navega
há vinte mil anos
vinte mil léguas
para alcançá-la.

Desliza transborda
e à lua não importa
os delírios da água.

Quem inventa
outra lenda
entre a estrela o rio?

O astronauta constata
no espaço vazio
a lua está morta.

Não exorcizo meu desgosto.
Dublar o tempo não afasta
o amanhã que não vivi.

Ante a queda certa no desgaste
o que resiste?

Dei-me a tudo, velhice
talvez me negue a ti.




Maria José Giglio

poetiza
São Roque-SP - Brasil

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Manoel Messias Pereira

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