sábado, 21 de janeiro de 2012

Por que a Luz acaba quando escrevo


levanto o castiçal e a vela acesa
na busca de palavras imortais
em mim um deus que em mim não cabe jaz
soergue-se e sussurra sem que o veja:
qual barro descozido na incerteza
não há qualquer descanso ou mesmo paz
se me recrias sempre e sempre mais
obra do medo de que assim não sejas
homem, essa incerteza descabida
(distante trovoada no horizonte)
A voz que se cala em meio ao fumo incenso
enquanto a noite ecoa a minha vida
a luz retorna, a chuva cheira longe
apago a vela, sopro o silêncio.


Antonio Geraldo Figueredo Ferreira

poeta, professor
Mococa - São Paulo - Brasil.

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