sábado, 28 de janeiro de 2012

Hamas reabre sede da Comissão Eleitoral palestina em Gaza

Hamas reabre sede da Comissão Eleitoral palestina em Gaza






Em um pequeno passo rumo à reconciliação palestina e realização de eleições, o Hamas permitiu nesta terça-feira última, a reabertura da sede da Comissão Central Eleitoral palestina na Faixa de Gaza, que estava fechada há mais de quatro anos.

"A reabertura da Comissão Central Eleitoral é de grande importância para a reconciliação", declarou Yasser Moussa, membro da comissão.

Moussa chegou nesta tarde ao edifício acompanhado do representante do Ministério do Interior do Hamas em Gaza, Kamel Abou Madi, e ambos abriram a porta que permanecia fechada desde que os islamitas tomaram o poder na Faixa, em junho de 2007.

"Começaremos a trabalhar imediatamente, amanhã mesmo", declarou Jamil al Khaldi, diretor da Comissão em Gaza, que acrescentou que espera que "as eleições gerais se realizem no prazo de tempo que foi estipulado".

Em maio de 2011, o Hamas e o movimento nacionalista palestino Fatah (dirigido pelo presidente Mahmoud Abbas e que governa a Cisjordânia) assinaram um pacto no Cairo, com ajuda de mediação egípcia, no qual se comprometiam a pôr fim às suas diferenças e estabelecer um Executivo de unidade que organizasse eleições no prazo de um ano.

Embora as partes estejam longe de chegar a um acordo sobre a formação de um Executivo conjunto, nas últimas semanas houve sinais de avanço rumo à reconciliação.

Ambos formaram três comitês que se reúnem assiduamente para debater a implementação do acordo e decidir sobre questões como a libertação de presos políticos em ambos territórios e a difusão em cada um deles dos meios de comunicação favoráveis ao movimento contrário.

Hisham Keheil, diretor-executivo da Comissão Central Eleitoral palestina, assegurou recentemente à Agência Efe que é "praticamente impossível" realizar eleições gerais e presidenciais antes do dia 4 de maio, data fixada pelo documento pactuado no Cairo.

O analista assinalou que o principal impedimento está na necessidade de modificar a lei eleitoral utilizada nas últimas eleições palestinas (em 2006) já que, segundo ele, o acordo entre Fatah e Hamas obriga a utilização de um novo sistema de distritos e listas eleitorais.

"A lei tem que ser modificada para levar em conta a decisão do Parlamento", explicou Keheil.

Outras barreiras são de logística, como, por exemplo, o tempo que a Comissão necessita para reativar os escritórios de Gaza e coordená-los com os da Cisjordânia ou para atualizar o censo de eleitores.

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Manoel Messias Pereira

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