Segundo o corregedor Joaquim Souto Maior, a investigação é apenas administrativa e não penal. "Determinei abertura de procedimento preliminar de investigação, que vai verificar se os fatos narrados têm alguma possibilidade de serem verdadeiros", disse. O conselheiro acrescentou ainda que a investigação vai correr em segredo de Justiça.
Conforme a denúncia, o procurador foi autorizado pelo presidente do TCE a se deslocar ao Rio de Janeiro no período de 03/10/2011 a 07/10/2011, com passagens e diárias pagas pelo Tribunal, para tratar de assuntos do interesse do MPC junto aos tribunais de contas daquele Estado. Entretanto, dentro do período, o procurador estaria fazendo turismo em Campos do Jordão (SP) com a namorada, também funcionária do Tribunal de Contas de Roraima, à época.
A servidora também estava em viagem a serviço no mesmo período e teve autorização para ir ao Rio de 2 a 9 de outubro para participar de um curso. Durante estada em Campos do Jordão, conforme a denúncia, eles teriam se hospedado no hotel Estoril II.
Outro lado
O procurador Paulo Sousa contestou a denúncia e afirmou que esteve em viagem a serviço, acompanhado de outro procurador, no período. Ele explicou que a viagem para a cidade de Campos de Jordão foi feita posteriormente. "O texto e as fotos são de períodos diferentes, mas foram divulgados como se fossem na mesma ocasião", argumentou.
"A ideia é atingir a credibilidade dos trabalhos que tenho desenvolvido à frente do Ministério Público de Contas de Roraima, no combate ao crime organizado e a malversação do dinheiro público", defendeu-se.
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