domingo, 22 de abril de 2012

Judia

Bar Rafaelli
Uma judia-brasileira


Ah! Judia! Judia impenitente
De erma e de turva região sombria
De areia fulva, bárbara, inclemente,
Numa desolação, chegaste um dia. . .

Través o céu mais tórrido, mais quente,
Onde a luz mais flamívoma radia,
A voz do teus, nostágica, plangente,
Vibrou, chorou, clamou por ti, Judia!

Ave de melancólicos mistérios,
Ruflaste as asas por Azuis sidéricos,
Ébria dos vícios célebres que salvam. . .

Para alguns corações que ainda te buscam
És como os sóis que rutilos coruscam
E a torva terra do deserto escalvam!




Cruz e Souza
poeta brasileiro

natural de Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis-SC - Brasil


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Manoel Messias Pereira

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