terça-feira, 3 de janeiro de 2012

46 cidades no interior de Minas Gerais em situação de emergência

Mirai -MG (foto-Globo)
Uberlândia-MG (Foto Correio Uberlândia)


Congonha do Campo (foto Globo)



MG: chuva deixa 46 cidades no interior em situação de emergência


MG: chuva deixa 46 cidades no interior em situação de emergência
Na cidade histórica de Ouro Preto, um deslizamento de terra atingiu a rodoviária e um ponto de taxi. Um taxista que dormia no carro morreu.



Minas Gerais olha apreensiva para o céu, mas a chuva não para. No interior do estado, o nível dos rios subiu muito, invadiu ruas e casas. Em outras áreas do estado, pontes cederam, encostas desabaram. Ao todo, 46 cidades estão em situação de emergência.



Na cidade histórica de Ouro Preto, mais problemas. Houve um grande deslizamento de terra na madrugada desta terça-feira. Um taxista que dormia no carro no momento do deslizamento morreu. O deslizamento atingiu a rodoviária de Belo Horizonte e o ponto de taxi que ficava próximo. Há informações de que há outros carros embaixo da terra, mas as buscas foram suspensas por causa da instabilidade do terreno.



Há problemas também na BR-356, que dá acesso a Ouro Preto, que tem duas pistas interditadas por causa de uma queda de barreira. Na BR-040, que liga Belo Horizonte ao Rio de Janeiro, pista parcialmente interditada perto de Conselheiro Lafaiete.



Na Região Metropolitana, na cidade de Raposos, o Rio das Velhas transbordou e alagou três bairros. A cidade ainda está sem luz. Em Betim, a água chegou a um metro de altura, impedindo os moradores de sair de casa. Uma passarela quase foi coberta pela água.



Ainda há 13 áreas de risco em Belo Horizonte. E a chuva forte castiga outros municípios.



O ano mal começou e já choveu em Belo Horizonte 60% do esperado para todo o mês de janeiro. Em Visconde do Rio Branco, na zona da mata, uma mulher foi soterrada no quintal de casa. O Rio Xopotó inundou ruas, pontes, casas.



A situação dramática se repete em quase todo o estado: Conselheiro Lafaiete, Itaguara, Jeceaba e Congonhas. Em Miraí, dez pontes caíram. A água quase cobriu o telhado das casas em Guidoval. Pessoas foram resgatadas de helicóptero. Na entrada de Sabará, a encosta deslizou e destruiu parte da passarela. O Rio das Velhas transbordou.



“A gente vai levando e fica vigiando o rio”, comentou um morador.



Trinta famílias foram retiradas de pontos críticos em Brumadinho. “É difícil, porque a gente tem de sair da casa da gente e tem de vir para o abrigo com os meninos”, contou a gari Maria Lúcia dos Santos.



Dezenas de pessoas ficaram desabrigadas em Juatuba. O aposentado Geraldo Santos não conseguia acreditar no que via. “Difícil. A única coisa que eu tenho na vida é a casa e está arriscado a perder tudo”, teme.



A cidade de Itabirito ficou inundada. “Tudo alagado. Perdemos um bocado de coisa”, lamenta um morador.



O rio invadiu as ruas. Pela marca nas paredes, o nível da água chegou a quase dois metros de altura. “O rio subiu aproximadamente uns seis a sete metros, e o pessoal ficou preocupado. Estamos desde as 3h retirando o pessoal das casas”, contou o sargento Geraldo de Queiroz, do Corpo dos Bombeiros.



Alguns pontos ficaram tão alagados que o acesso só foi possível de barco. Ao todo, 50 pessoas foram retiradas das casas pelos bombeiros e pela Defesa Civil. Animais também foram salvos de botes, que entravam nas casas até pelas garagens. Dentro das casas havia móveis boiando, tudo perdido. “Só deu tempo de tirar a roupa do corpo”, contou um jovem.



Máquinas e muito esforço dos moradores ajudam a limpar o rastro deixado pela chuva. “Estou tentando limpar um bocado, desobstruir o bueiro por causa da chuva para ver se a água vai o mais rápido possível para a gente tentar tirar as lamas de dentro de casa”, apontou um morador.

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Manoel Messias Pereira

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