sábado, 7 de abril de 2012

O Muro e o Gesto

A força que modela o ato, habita o gesto
desferido em desespero contra o muro
-o anteparo
que nos tolhe a vista e o desejo

Traçado em curva, todo ato
desenvolve exato a forma do arabesco
em volta do corpo e se extingue ao sopro
negro da morte que recolhe os movimentos.

É que o tempo destrói a permanência
dos corpos, além dos gestos semeados, e o que resta
é só o projetar das formas desenhadas, quando
em harmonia com sons que moram nas distâncias.



Humberto Fialho Guedes

poeta, advogado
Salvador-BA.

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Manoel Messias Pereira

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