sábado, 7 de abril de 2012

Poema

Vento invencível que voais com meus olhos
o com as longas folhas das minhas mãos;
chuva que chorais com minhas lágrimas;
vistes por acaso em qualquer canto do mundo
a velha que contava histórias? Vistes?
Conversastes com ela? Perguntastes onde
ficou aquela menina do conto adormecida
no campo com a mão no peito e o sonho
galopando no tempo? Vento que andais por
toda a parte, ainda há muitos lobos famintos?
Muitos quibungos com surrões cantadores?
E a filha do rei ainda é noiva do senhor
Pinto Pelado? E o bicho manjaléu ainda é feroz?
E os peitinhos de chapelinho vermelho já
nasceram? Vento invencível trazei-me esse
povo, acordai essa gente que eu não posso
dormir com o barulho das máquinas no chão,
no ar, no tempo, nos quatro pontos cardeais



Jorge de Lima
poeta
Rio de Janeiro-RJ - Brasil

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Manoel Messias Pereira

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